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Resposta curta
A Arábia Saudita diz que apoia a Palestina – mas onde estava esse apoio quando realmente importava? Antes de 7 de outubro, eles estavam prontos para assinar um acordo de normalização com Israel, e um Estado palestino mal era mencionado. Agora eles falam muito, mas sem ação real, ainda parecem palavras vazias. E não vamos esquecer que eles nem sequer permitem protestos ou bandeiras palestinas dentro de suas próprias fronteiras. Apoiar uma causa somente quando é conveniente não é solidariedade de verdade
Resposta longa
Analisando os fatos, é difícil dizer que sim. Antes de 7 de outubro, a Arábia Saudita não estava pressionando ativamente por um Estado palestino de forma significativa. Em vez disso, eles estavam profundamente envolvidos em negociações intermediadas pelos EUA para normalizar as relações com Israel – algo que teria parecido impossível apenas alguns anos antes. Isso não era especulação; em uma entrevista à Fox News em setembro de 2023, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman declarou abertamente que a Arábia Saudita e Israel estavam ficando “mais próximos a cada dia”. E, no entanto, um Estado palestino não era uma condição central nessas conversas. Sim, ele foi mencionado ocasionalmente, mas não havia exigências firmes, nem prazos, nem requisitos concretos vinculados aos direitos palestinos ou à condição de Estado. Não parecia ser um obstáculo ao acordo – mais uma formalidade diplomática do que uma prioridade real.
Então veio o dia 7 de outubro e, de repente, a retórica mudou. Os líderes sauditas começaram a insistir que a normalização com Israel não poderia acontecer sem o progresso em direção a um Estado palestino. Mas a pergunta permanece: onde estava esse compromisso quando eles tinham o poder de fazer uma mudança real?
Para deixar as coisas ainda mais claras, a Arábia Saudita não permite nem mesmo protestos palestinos ou a exibição de bandeiras palestinas dentro de suas fronteiras. Não é assim que você vê o apoio real.
Considerando os anos de cooperação discreta entre a Arábia Saudita e Israel – desde a inteligência compartilhada até a abertura do espaço aéreo saudita para voos israelenses – é difícil não concluir que o apoio saudita à Palestina tem sido, até agora, mais simbólico do que substancial. Em resumo, as ações não correspondem exatamente às palavras.